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BOLSONARO É DENUNCIADO PELA PGR POR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E OUTROS CRIMES

  • Foto do escritor: Gabriel Garcia Antunes
    Gabriel Garcia Antunes
  • 16 de abr.
  • 2 min de leitura

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta terça-feira, uma denúncia criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas, imputando-lhes organização criminosa, promover a abolição violenta do Estado de Direito, tentativa de golpe de Estado, danos ao patrimônio da União e violar normas relacionadas a patrimônios tombados. O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações relacionadas a atos antidemocráticos ocorridos durante e após o governo Bolsonaro.


A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, baseia-se em investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo STF. De acordo com o documento, Bolsonaro teria atuado em conjunto com aliados para minar as instituições democráticas, com o objetivo de manter-se no poder após as eleições de 2022. A PGR afirma que houve a elaboração de um plano para desacreditar o sistema eleitoral.


A acusação aponta que essa deslegitimação do processo eleitoral teria sido utilizada como pretexto para justificar uma possível intervenção militar. A investigação identificou reuniões e movimentações de assessores próximos ao ex-presidente que indicariam um esforço coordenado para minar a credibilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), criando um ambiente favorável para contestar o resultado das eleições e, em última instância, impedir a transição democrática de governo.


Entre os denunciados estão ex-ministros, assessores e militares que integravam o governo Bolsonaro. Segundo a acusação, a organização criminosa teria disseminado desinformação sobre o sistema eleitoral e enfraquecido a credibilidade das instituições democráticas.


As acusações, destaca-se a suposta tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, com ações que visavam desestabilizar os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A PGR também aponta que Bolsonaro e seus aliados teriam causado danos ao patrimônio da União ao promover atos que resultaram em prejuízos financeiros e materiais ao erário público.


(Imagem de Sergio Lima/Poder360 - 8.jan.2023)
(Imagem de Sergio Lima/Poder360 - 8.jan.2023)

Além das acusações relacionadas ao golpe de Estado, a PGR aponta prejuízos ao patrimônio da União e a bens culturais tombados, decorrentes da depredação das sedes dos Três Poderes durante os eventos de 8 de janeiro. O órgão argumenta que tais atos resultaram em significativos danos materiais e simbólicos ao Estado brasileiro. A denúncia também cita a suposta violação de normas de preservação de bens culturais protegidos, atribuindo a Bolsonaro o descumprimento dessas regras. No entanto, o documento não detalha quais seriam os bens afetados ou as circunstâncias específicas das infrações alegadas.


A defesa do ex-presidente nega as acusações, alegando que Bolsonaro não participou de qualquer ato que visasse à ruptura da ordem democrática. Bolsonaro negou qualquer participação em atos que visassem à ruptura da ordem democrática.

Seus advogados sustentam que a acusação da PGR se baseia em suposições e carece de provas concretas de seu envolvimento direto nos eventos investigados. Caso o STF aceite a denúncia, o ex-presidente será formalmente processado e poderá responder aos crimes em liberdade ou ser submetido a medidas cautelares, a depender da decisão do ministro relator.


Agora, cabe ao STF analisar os argumentos da PGR e decidir se há fundamento para levar o caso a julgamento. Enquanto isso, o tema deve continuar em evidência, refletindo os desafios enfrentados pelas instituições brasileiras na preservação da democracia e do Estado de Direito.

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